Em comparação aos embarques do mesmo período do ano passado, o país reduziu em quase 3 milhões de toneladas do produto as suas exportações
A China, maior compradora mundial de soja, reduziu suas compras do Brasil em agosto. Segundo dados divulgados pela Administração Geral de Alfândegas do país, 6,25 milhões de toneladas do produto brasileiro desembarcaram nos portos chineses, quase 3 milhões de toneladas a menos que em agosto do ano passado.
Mas não foi apenas o apetite pela soja brasileira que caiu. A China reduziu em 25% o total de compras em relação ao ano passado; é o menor nível para o mês de agosto desde 2014. O motivo para essa queda é o preço e a menor demanda interna.
Com a safra brasileira afetada pelas condições climáticas, houve uma valorização da soja, que atingiu valores muito elevados. Além disso, a demanda chinesa foi menor nesse período, uma vez que o país enfrenta problemas na criação de suínos e, assim, importou menos farelo de soja para uso como ração dos animais.
Por outro lado, os Estados Unidos, a Argentina e o Uruguai venderam mais soja para os chineses no mês de agosto. No caso dos EUA, a disponibilidade é maior nesta época do ano, porque é quando os norte-americanos iniciam a colheita; diferente do Brasil, que colhe no início do ano e agora está plantando tá começando o plantio.
Já em relação à Argentina, a procura pela terceira maior fornecedora mundial de soja se deu porque os preços ficaram mais competitivos que os brasileiros; a partir de setembro, isso deve se intensificar ainda mais, isso porque o governo argentino está oferecendo um incentivo cambial aos agricultores, que deve aumentar os embarques.