O mercado segue gerando alerta para o suinocultor mineiro que discute quais manobras podem ser feitas para que o prejuízo – que já se estende por um longo período – possa ser minimizado. União, boa comunicação e consciência entre a classe foram pontos trazidos na discussão da Bolsa desta semana, visto que o mercado não está muito animador e há muita carcaça entrando no estado vindo de outras regiões do Brasil.
Alvimar Jalles, consultor de mercado da Bolsa de Suínos de Minas Gerais (BSEMG) comentou que o momento era um tanto quanto esperado, visto que a suinocultura vive um ‘ciclo’ do mercado influenciado pela alta oferta de outros estados, principalmente porque houve queda das exportações de suínos, como mostrado em pesquisa da ASEMG. “Apesar de vender mais, existe um número maior de oferta. Todos os meses, nós temos um pouco mais de animais em relação ao não passado”, disse o consultor explicando o cenário aos produtores. “As vendas estão boas, não tem ninguém falando que as vendas estão ruins; mas a oferta, infelizmente, está alta – o que impede de atingir os números que a gente gostaria”, disse o consultor.
Com um cenário de negociação bem dependente dos frigoríficos, o resultado da queda já era esperado. A BSEMG ficou em aberto em R$5,80 enquanto a BSIM foi cotada a R$6,00. Para o diretor de mercado da Assuvap, Fernando Araújo, a queda é resultado do realinhamento de mercado. “O mercado está especulado. Ofertas de carcaças de outros estados estão medindo forças com a oferta de suínos. A plataforma BSEMG informa a redução do peso dos animais, fato que reforça o desalinhamento do mercado mineiro com as demais praças”, concluiu o diretor.