Estas são as previsões de nossos usuários sobre o preço médio de suínos para abate para este 2022. Recebemos 831 respostas de 62 países diferentes.
Como nos anos anteriores, perguntamos aos nossos usuários qual será o preço médio da carne suína em 2022. Durante o período de 23 de fevereiro a 23 de março, um total de 831 usuários de 62 países responderam à pergunta: Qual será o preço médio do suíno posto no frigorífico no seu país em 2022?
No ano passado comentamos que foi um ano cheio de incertezas causadas principalmente pela pandemia do COVID-19 e pelas restrições que isso implicou e acarreta a nível internacional. Este ano é ainda mais incerto e com muitas dificuldades em prever o que acontecerá com os preços da carne suína. Infelizmente, a invasão russa da Ucrânia e o atual cenário de guerra geram uma forte volatilidade do mercado e um forte aumento nos preços das commodities. Tendo em mente que a Ucrânia é um grande exportador, especialmente de milho, cevada, trigo e oleaginosas. Além do mercado de matérias-primas para a produção de rações, os mercados globais de fertilizantes e energia também foram afetados.
O gráfico a seguir mostra os resultados dos países com mais respostas. O intervalo e a mediana da previsão de preço esperado são mostrados para cada país, bem como o preço médio real durante 2020 e 2021.
Figura 1. Preço médio em 2022: Comparação entre previsões de usuários da 333 (coletadas entre 23 de fevereiro e 23 de março de 2022) e o preço médio real em 2020 e 2021. Para cada país, o intervalo de respostas é mostrado abaixo, valores máximos, mínimos e medianos são representados. O preço médio real em 2020 e 2021 é indicado por pontos cinza. O número de dados analisados para cada país é mostrado entre parênteses.
Se analisarmos as previsões dos nossos usuários, no caso da Europa, na maioria dos países analisados, espera-se que o preço médio dos suínos ao abate seja muito semelhante ao de anos anteriores e em alguns países (França, Itália, Roménia e Bélgica) prevê um preço superior ao do ano anterior.
No caso dos países da América, a tendência muda, e os preços são mais díspares se os compararmos com anos anteriores ou mesmo com outros países do mesmo continente. Argentina, Colômbia e México esperam preços mais altos do que nos anos anteriores (2020 e 2021), ao contrário do Brasil, que espera que os preços mudem em relação ao ano passado, e do Chile, que espera que os preços da carne suína caiam em relação aos anos anteriores. No caso específico da Argentina, as previsões, influenciadas pela inflação existente no país, são sempre superiores aos preços reais do ano anterior.
No caso da China, prevê-se que o preço da carne suína este ano seja significativamente muito mais baixo, em grande parte devido à recuperação da produção após o grave impacto que a PSA causou no país.