Parte 1
Por Brenda Marques*
Os programas de medicina veterinária preventiva baseiam-se na realização de uma série de medidas para o controle de doenças que são importantes na suinocultura. As ferramentas disponíveis contemplam o uso de vacinas, medidas de higiene e manejo e o uso de antibióticos, em casos de doenças bacterianas.
Especialmente no caso dos antibióticos injetáveis, seu uso é fundamental na recuperação de animais clinicamente doentes e mais debilitados, pois não depende da ingestão de água ou ração. Há a vantagem de uma resposta clínica rápida e mais precisa, pois tratamos o indivíduo e não a população. Em casos estratégicos, os antibióticos injetáveis podem ser utilizados também de forma metafilática, o que consiste na medicação de animais doentes e de outros da baia, já prevendo que suínos possam desenvolver a infecção.
Alguns cuidados são fundamentais para que tenhamos sucesso na utilização dos antibióticos injetáveis, buscando sempre seu uso racional dentro do sistema de produção. 1) a medicação de animais doentes no início da infecção.
Para isso, é importante a inspeção cuidadosa das baias, de preferência duas vezes ao dia. Devemos nos atentar a algumas mudanças de comportamento dos animais, como: letargia, afastamento do restante do grupo, forma de caminhar, estado corporal e diminuição do consumo de ração. Sempre que possível, é importante aferir a temperatura de animais que demonstrem sinais clínicos, uma vez que eles em estados febris estão na fase aguda dos processos infecciosos.
É importante frisar aqui a necessidade de se utilizar antitérmicos em animais com febre, associado ou não à terapia antimicrobiana. A identificação tardia dos suínos doentes é uma das principais causas de insucesso da terapia antimicrobiana, pois muitas vezes medicamos animais em estágios já avançados da infecção, onde perdas zootécnicas consideráveis já ocorreram.
Médica-Veterinária*
Gerente Técnica da Unidade de Negócios de Suinocultura da MSD Saúde Animal