A Assuvap pesquisou em várias referências antes de atestar que a suinocultura nacional segue no caminho do desenvolvimento e do crescimento. As projeções do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) indicam que o aumento da produção de carne suína brasileira até o fim de 2019 deve ser de 6%, atingindo a marca de 3,9 milhões de toneladas, apoiado principalmente pela recuperação nas exportações e um crescimento moderado na demanda doméstica.
O USDA prevê um aumento de 23% nas exportações brasileiras em 2019, apoiado por exportações firmes para a China/Hong Kong. Diz a pesquisa, “em 2018, a participação do mercado brasileiro aumentou significativamente nesses dois países, o que ajudou a compensar parte das perdas devido ao fechamento da Rússia no ano anterior”. E vai além: o Departamento estima que as exportações de carne suína aumentem para esses mercados, pois China continua a enfrentar problemas com o surto de peste suína africana.
O presidente da Assuvap, Fernando Araújo, avalia que “de acordo com analistas de mercado, está em curso um aumento de oferta de suínos no mercado interno da China, com a redução do peso de abate visando conter a doença e reduzir as perdas”.
“Este excesso de oferta poderá estender até o terceiro trimestre deste ano. A expectativa é que a China deverá ter escassez de suínos para abate a partir do quarto trimestre, fato que colabora com o aumento do volume das exportações e dos preços desta proteína a nível global”, completa Araújo.
Aliado a isso, o USDA confirma que a reabertura do mercado russo também gera otimismo para a suinocultura brasileira, e prevê uma tendência de alta nas exportações para Angola, Japão, México e Cingapura no próximo ano, uma vez que o “produto brasileiro é competitivo nesses mercados”.
Pesquisa da Embrapa, com dados fornecidos pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), ratifica que a suinocultura nacional está posicionada entre as cadeias produtivas mais avançadas do mundo, devido ao uso de alta tecnologia nas áreas de genética, nutrição, instalações e manejo, que permitem a produção de carne com elevados padrões de qualidade.
No entanto, segundo a pesquisa, para que a suinocultura brasileira reafirme a sustentabilidade diante da realidade do mercado global, “é preciso priorizar questões que envolvem a biossegurança, sanidade, bem-estar animal, uso racional de antimicrobianos e investimento em mão de obra”. Os temas já foram debatidos nos seminários realizados pela Assuvap e reforçados na revista institucional.