Gestão de fábrica de rações frente à nova legislação, a Instrução Normativa nº 14 (IN14), foi tema de uma importante palestra realizada pela Assuvap, em sua sede, na noite de 17/10. Cerca de 50 suinocultores, gerentes de granjas, profissionais e estudantes do setor participaram do evento ministrado pelo consultor Stefan Rohr. A associação foi a primeira entidade do país a promover uma palestra sobre o tema trazendo ao setor informações cedidas pelo Ministério da Agricultura, apresentadas de forma bastante prática pelo palestrante.
“O público recebeu informações padronizadas e com fonte no Ministério da Agricultura, ou seja, uma fonte de qualidade e segura”, diz Rohr, parabenizando a iniciativa da associação. “Trouxemos o que tem de mais recente nessa legislação [IN14], mostrando que precisamos atuar urgentemente nas nossas fábricas de ração”, completa.
O presidente da Assuvap, Fernando Araújo, ressaltou durante a abertura do evento que a suinocultura precisa se adaptar às reformas e tirar os melhores proveitos da situação. Ele também reforçou que a Assuvap e a ABCS estão lutando pelos direitos dos suinocultores em Brasília, junto aos órgãos responsáveis.
Respondendo aos principais questionamentos do público, Rohr explicou que, em relação à legislação, muito ainda está indefinido, mas o seu principal ponto é a adequação em relação ao uso de antibióticos. “A IN65 é a legislação que trata deste uso de medicamentos nas fábricas de ração. A IN14 é apenas uma legislação que complementa a IN65”, ressalta. “Precisamos, sim, nos adequar. Alguns pontos são de maior complexidade, temos um grupo que está negociando com o Ministério da Agricultura para que a gente consiga de fato atender às exigências descritas nessa legislação”.
“A respeito das fábricas de rações”, continua, “tem bastantes pontos que já podemos aplicar. De uma forma simplista e em âmbito geral, fazer a organização da fábrica, submeter ela a inventário, fazer controle de estoque, sempre buscar redução de custos e ter um controle bem detalhado sobre os principais processos dentro da fábrica”, explica.
Segundo Rohr, existe um movimento global de preocupação com a resistência microbiana, e a adequação será benéfica para o setor. “Estaremos contribuindo para que não aumente essa resistência aos antimicrobianos. A cadeia ganha nesse sentido, vamos utilizar menos medicamentos, menos risco de resíduos na carne”, completa.