Com o objetivo de promover as exportações, fortalecer as empresas e buscar novas oportunidades no mercado externo, as secretarias estaduais de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) e de Desenvolvimento Econômico (Sede) deram início, ontem, à programação do “Seminário de Promoção de Exportações para o Setor de Suínos de Minas Gerais”.
Dividido em quatro encontros virtuais, o evento reúne produtores, indústrias, adidos agrícolas e promotores comerciais das embaixadas brasileiras na Argentina, África do Sul e em Singapura, países potenciais para negociações da produção suinícola do Estado
No primeiro encontro, ontem, o subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Seapa, João Ricardo Albanez, ressaltou a importância de reunir o setor a possíveis compradores para apresentar a produção e conhecer os potenciais mercados.
“É uma satisfação muito grande trabalhar a promoção da exportação. Estamos, em conjunto com várias entidades, trabalhando para a melhoria do ambiente de negócios e fortalecimento das empresas e da produção de suínos de Minas Gerais. Queremos discutir as oportunidades, desafios e buscar soluções para os entraves, caso existam”, disse.
O “Seminário de Promoção de Exportações para o Setor de Suínos de Minas Gerais” é considerado uma importante ferramenta para estimular o ingresso de empresas nas exportações e também por reunir potenciais mercados compradores.
Nos próximos três painéis temáticos, previstos para os dias 3, 12 e 17 de novembro, participarão adidos agrícolas e promotores comerciais das embaixadas brasileiras na Argentina, África do Sul e em Singapura, respectivamente.
Menor burocracia
A subsecretária de Promoção de Investimentos da Sede, Kathleen Garcia, ressaltou que o governo de Minas vem trabalhando para reduzir a burocracia e destravar os processos para que as empresas possam trabalhar e gerar emprego e renda. A iniciativa pode favorecer o aumento das exportações suínas para novos mercados.
“O Estado, hoje, é amigo dos empresários, dos empreendimentos, porque o entendimento é que o melhor programa social que nós temos é o emprego, que traz renda e dignidade para o cidadão. Quem gera empregos são as empresas, que precisam de mercado, precisam ampliar a atuação e de estratégias para buscar novos negócios, e a exportação é, sem dúvida nenhuma, uma alternativa importante”, explicou.
Ainda segundo Kathleen, para que as empresas exportem, é preciso que todo o processo seja muito bem feito, por isso, a Sede tem apoiado os setores.
“Para melhorar o ambiente e torná-lo mais propício aos negócios, atraindo investimentos e trazendo novos mercados, promovendo inovação, incentivando novas tecnologias e trazendo segurança jurídica, colocamos a equipe da Sede à disposição para o que for necessário. Queremos ajudar a melhorar os processos, esclarecer e fazer as conexões”.
De acordo com o presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), João Carlos Bretas Leite, a realização de eventos que promovam as exportações, mostrem os processos e os mercados potenciais é vista como positiva para o setor produtivo de suínos e pode, inclusive, ajudar empresas de menor porte a iniciarem o processo de exportação. A diversificação dos mercados atendidos é importante para a segurança dos negócios.
“É importante que as pequenas empresas e pequenos frigoríficos possam exportar, e o objetivo do seminário é este. Vamos ver quais são os atores, o que impede que nós exportemos. Então, vamos trabalhar para avançar nesta oportunidade”, completou.
Setor evolui de modo expressivo na última década
Ao longo do evento, o subsecretário de Política e Economia Agropecuária da Seapa, João Ricardo Albanez, apresentou os dados da suinocultura mineira, quem vem crescendo ano a ano e tem potencial para ampliar as negociações com o mercado externo.
Um dos principais destaques da produção é a evolução registrada no Valor Bruto da Produção (VBP). O faturamento bruto para a atividade, para 2021, está estimado em R$ 3,5 bilhões, o que representa um avanço de 45,8% nos últimos dez anos. No período, o rebanho suíno cresceu 32% e o abate 28%. O preço médio do produto teve alta de 138% na última década.
“A suinocultura de Minas Gerais apresentou uma evolução significativa na última década, gerou riquezas para o setor e para o Estado. A produção é crescente, e nossa intenção é que ela continue em expansão tanto em volume quanto em preços. Por isso, buscamos novas oportunidades de exportação”, afirmou.
Com o evento, Albanez ressalta que será possível identificar novas oportunidades de exportação, novos mercados e diversificar, fortalecer e ampliar a presença comercial de produtos do agronegócio em países onde há potencial ainda inexplorado. Hoje os maiores países compradores da carne suína de Minas Gerais são: Hong Kong (34,8%), Singapura, 26,8%, e Vietnã, 6,8%.
“Vamos, com o evento, mostrar a nossa qualidade para os países que são potenciais para novos negócios”.