A pandemia da COVID-19 influenciou no consumo e refletiu no mercado de carne suína
Por Comunicação Assuvap
“Entendo que parte do meu trabalho também é estimular as pessoas a pensarem através de uma abordagem fundamentada, refletida e ampla. Acredito que, antes do preço, existem alguns conceitos importantes que te colocam ou te tiram do caminho das melhores escolhas”. Assim, definiu o médico-veterinário e consultor da Asemg, Alvimar Jalles, sobre a terceira AgroLive, apresentada pela HIPRA, empresa +Parceira da Assuvap.
Uma vez por mês, sempre na última sexta-feira, a Associação dos Suinocultores do Vale do Piranga/Assuvap e a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais/Asemg, juntamente com empresas parceiras realizam a AgroLive, projeto idealizado com o principal objetivo de levar informação, com qualidade de áudio e vídeo, ao maior número possível de suinocultores e trabalhadores da cadeia.
O foco, da terceira AgroLive, foi o comportamento do consumidor. “Nossa hipótese, que significa uma verdade preliminar a ser verificada, é que o “Cisne Negro” do mercado interno é o aumento de renda em camadas populares como consequência do auxílio emergencial da Covid-19”, explica o consultor.
Segundo informações do Tiago Carvalho, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq), até R$ 1.000,00 de renda mensal, a elasticidade renda/demanda para a carne suína é 0,57 contra 0,77 da carne bovina de “primeira” e 0,17 da carne bovina de “segunda”.
Na faixa entre R$ 1.000,00 e R$ 3.000,00 de renda, a elasticidade renda/demanda da carne suína é de 0,35, para carne bovina de primeira é 0,60 e para a bovina de segunda 0,44. Na faixa acima de R$ 3.000,00 temos 0,09 para a carne suína, 0,31 para a carne de primeira e –0,34 para a carne de segunda.
“Tudo isso nos sugere que as classes mais populares estão mais predispostas a consumir, pois a melhor relação de aumento de consumo de carne suína como fruto do aumento de renda está justamente na primeira faixa”, explica Jalles.
Durante a apresentação, o médico-veterinário falou sobre as expectativas e propostas iniciais da pandemia; explicou a trajetória do varejo no Brasil; destacou os hábitos do consumidor em relação ao alimento; analisou a flutuação do emprego e da renda durante a pandemia; apresentou os impactos e dimensões do Auxílio Emergencial Federal; fez um comparativo das carnes no varejo e mostrou um outro olhar sobre a agropecuária e o desenvolvimento do Brasil.
AgroLive
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