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[MSD - Empresa +Parceira] Alterações na temperatura de conservação de vacinas – o que realmente acontece




Por Eliane Engelsing*  
 
Parte 1
 
 
 
Com relação à temperatura ambiente ou mesmo ao aquecimento, o problema é o seguinte: toda vacina, além do antígeno, é constituída por uma série de material biológico que, mesmo que a vacina seja purificada, ainda estará presente em maior ou em menor quantidade, como, por exemplo, os meios de cultura – tanto bacterianos quanto para células em que serão cultivados os vírus. Esses meios são ricos em produtos biológicos e, entre eles, existem várias enzimas, dos restos celulares que ficaram. As enzimas são solúveis e mais difíceis de serem purificadas, ou seja, eliminadas totalmente. Toda enzima tem o seu pK (onde ela tem sua atividade máxima).
 
 
 
 
Toda enzima, conforme vamos aumentando a temperatura (até um certo ponto, é claro), vai sendo ativada e, à medida que reduzimos a temperatura, sua atividade diminui. Por exemplo, a maioria das enzimas constitutivas dos mamíferos tem seu pK próximo de 37 graus. Tanto na temperatura ambiente quanto um pouco acima, estamos proporcionando que as enzimas presentes (lembre-se delas como “contaminantes”) sejam ativadas. As enzimas proteolíticas (proteases) têm como seu substrato as proteínas. É claro que elas atuam sobre proteínas também “contaminantes” (não purificadas). 
 
 
As vacinas são constituídas por micro-organismos. Os antígenos dos micro-organismos são proteínas ou glicoproteínas, que também são substratos para as proteases. As proteases, atuando sobre as proteínas da bactéria ou do vírus, vão degradar. Se a proteína degrada o(s) determinante (s) antigênico(s) do patógeno, ele deixará de induzir resposta imune específica contra aquele epítopo ou determinante antigênico e haverá falha na resposta vacinal específica. Vejam bem, a vacina não vai fazer mal ao animal. Ele deixará de responder especificamente contra aquele epítopo desejável que induz, por exemplo, em vírus, anticorpos neutralizantes. Ou seja, você reduz a  imugenicidade da vacina, ou seja não há ativação do sistema imune do organismo contra as contaminações externas (falha vacinal). Esse é o principal motivo, quando ocorre o aquecimento das vacinas.
 
 
Com relação ao congelamento, são dois os problemas: primeiro, temos de nos lembrar que a forma do antígeno é fundamental para a seleção dos clones de T e B, ou seja, a estrutura terciária da proteína é extremamente importante para aqueles antígenos ou determinantes antigênicos denominados não lineares, isto é, que não estão em sequência na proteína (95% dos antígenos são não lineares), quer dizer, dependentes da conformação tridimensional ou da forma. O congelamento vai alterar a estrutura terciária da proteína e, consequentemente, a sua “forma”. Com a forma alterada, o receptor celular (tanto de linfócito T quanto de B) não reconhecerá o antígeno (as enzimas, assim como no caso do aquecimento, degradam a proteína do antígeno e também vão alterar a sua forma). 
 
 
Com isso, mais uma vez, reduzimos a imugenicidade da vacina, ocorre falha vacinal. O outro problema do congelamento para as vacinas inativadas, de subunidade e algumas moleculares que precisam de adjuvante é a desagregação do complexo antígeno-adjuvante. Na realidade, nessas vacinas temos uma emulsão que chamamos complexo antígeno-adjuvante. Quase sempre (na maioria das vacinas), o antígeno fica "escondido" (protegido) dentro desse complexo, por isso a emulsão é fundamental. Antígeno e adjuvante não estão soltos dentro do frasco, o antígeno está complexado ao adjuvante. O problema do congelamento é a quebra desse complexo, ou seja, a emulsão se desestabiliza e o antígeno não é mais apresentado ao sistema imune na forma de complexo antígeno-adjuvante. Com isso, reduzimos a antigenicidade do antígeno e a resposta diminui sensivelmente. É como se déssemos uma vacina sem adjuvante. O pico de resposta será muito baixo pois a função do adjuvante é potencializar a resposta imune com a apresentação lenta do antígeno. 
 
 
Eliane Engelsing/Coordenadora Técnica da área de Suinocultura da MSD Saúde Animal.
 
 

05/08/2020

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